Sobre autonomia
As crianças ‘ditas autistas’ quando chegam cedo para um tratamento psicoterapêutico, ainda nos primeiros anos de vida, têm grandes chances de evoluir bem. Em muitos casos consegue-se reverter completamente o quadro e as crianças seguem suas vidas sem maiores dificuldades. É muito importante que uma intervenção adequada seja realizada a tempo para que essas mudanças se processem, pois quanto mais tarde iniciado um tratamento, mais difícil será lidar com os transtornos do desenvolvimento que se instalam e reverter o quadro.
Para essas crianças que crescem e permanecem com algumas dificuldades ao longo de suas vidas, o tratamento deverá servir, exatamente para auxiliá-las na construção de um projeto de vida adequado às suas necessidades e possibilidades, pois assim como para cada pessoa a vida segue rumos os mais variados possíveis, para estas crianças ‘ditas autistas’, não teria sentido uma questão dessa ser vista de forma diferente. Nunca devemos estabelecer a priori, até onde elas podem chegar.
E isso torna qualquer diagnóstico provisório e mutável
Sobre psicodiagnóstico
Entendemos que as crianças encontram-se em pleno processo de desenvolvimento, o que torna qualquer diagnóstico provisório e mutável. Mesmo aquelas que trazem consigo marcas de síndromes neurológicas, genéticas ou de transtornos psíquicos, continuam a ser indivíduos humanos singulares em seu modo de ser e devem ter a oportunidade de desenvolver seu potencial humano.
Apostando na neuroplasticidade e provisoriedade dos sintomas das crianças, nossa avaliação diagnóstica tem a característica de ser uma experiência compartilhada que já introduz mudanças no modo de entender e enfrentar as dificuldades vividas, tanto pelas crianças, quanto por seus pais.